Este filme é uma comédia musical cheia de alegria, humor e optimismo, onde a heroína Vita é interpretada por Fatou N’Daye. A banda sonora é do lendário Manu Dibango. "Em África diz-se que nada funciona. Quis mostrar qualquer coisa que mexesse, a música, e render homenagem a todos os músicos sobretudo a Manu Dibongo" declarou o realizador numa conferência de imprensa no Lido "Quis falar de uma África positiva, onde se morre mas também se ri."

Nha Fala conta a história de uma rapariga proibida de cantar pelos pais, consequência de uma maldição ancestral que condena á morte toda a mulher da família que ouse quebrar esse tabu. Ao optar por estudar em França, Vita resolve cantar e gravar um CD, cujo sucesso é imediato. Com medo que a sua mãe descubra que quebrou a promessa, decide voltar e encenar a sua própria morte para melhor ressuscitar .

É uma história contemporânea que pretende construir uma ponte entre Europa e África, e representa uma nova geração que respeita as tradições mas que quer viver no seu tempo. Este filme é uma co-produção entre Portugal, França e Luxemburgo e conta com o apoio do Instituto Camões.

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> excerto de "Nha Fala" conquista prémio em Veneza, Jornal de Letras Nº 835, Ano XXI, 02 de Outubro de 2002